OS PAIS DOS PAIS
Eu tenho um pai eterno.
O meu pai ainda já é o meu filho que parou na idade.
Eu, hoje aqui e agora, no sossego do momento,
Sinto bem que já sou o filho do meu filho:
Somos uma trindade. Transparente como o vento
E tão eterna como as eternidades.
É verdade que entre nós não há ambiguidades,
É tudo igual e indistinto, tudo sagrado e profanado
Tudo corre num desvario ordenado
Onde a tempestade é bonança
E a discórdia é temperança….
O mais menino sou eu que estou no meio
E estar no meio é estar no doce amor do seio
Porém, entre nós, tudo parece um devaneio,
Um passeio tranquilo, sem projecto nem receio…
Não necessitamos de pombas, de arcanjos ou mistérios.
De nós para nós, correm os amores sem idades,
As ternuras afagam-nos sem molduras,
Sem escrituras ou regras de culturas.
Os afectos tão naturais como os vendavais uo como este luar
Que hoje brinca a brilhar
E faz luzeiro doirado na noite, aqui ao lado, sobre o rio nosso
E sobre o nosso mar.
Tenho um escaninho, um sacrário, fora dos tempos
Onde moram amores e se confundem sentimentos.
Nunca se pedem explicações de mistérios:
Os mistérios são de usar em momentos sérios,
Quando nada explica a dimensão intensa de amar ou de morrer
E deixa de haver razão de procurar e de entender
Estes amores… das alegrias de viver!
domingo, 20 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
A SABEDORIA CHINESA E QUEM NÃO PESCA NADA
A SABEDORIA CHINESA E QUEM NÂO PESCA NADA....
por Zé Candido Rodrigues a Quarta-feira, 16 de Março de 2011 às 0:27
Se encontrares alguém com fome junto a um rio, não lhe dês um peixe: ensina-o a pescar.
( da Sabedoria Chinesa)
O país está em turbulência. O cidadão comum, e aqueles que têm sentido da cidadania, ficam perplexos.
Os partidos querem o poder… Não mostram projectos, e tudo lhes sai mal porque não sabem nada de coisa nenhuma.
Dói tanta ignorância e tanta estupidez.
Estupidez dos que governam e dos áulicos que os sustentam pela propaganda idiota daquilo a que chamam “Comunicação Social” e que não é mais do que propaganda. (A serviço de interesses vários, mas sempre à procura da mesa do orçamento…)
Entretanto, a geração rasca, ou à rasca, reivindica emprego ( emprego tem sabor de prego; deve ser isso: ficar pendurado, a mamar um salário…). Ninguém quer trabalho!
A terra e o mar são espaços que se podem cultivar. Se me perguntarem eu digo o que se pode fazer… E tantas coisas… tantos projectos. Sobretudo para o mar maior do espaço europeu ainda na fase recolectora… ( que tristeza de governação!!! Querem o TGV e o aeroporto para encher os alforges à custa da penúria do povo. Dói. Dói muito. Há que agarrar num cacete e escaqueirar aquela m…. sem dó nem piedade….
O cagaço deles é que venha o FMI tomar as rédeas desta bagunça. Pois que venha!!! E já tarda!!! Não vão com certeza tirar nada a quem não tem…Porque só perde quem tem…
Mas os marmanjos inúteis e parasitas, a fidalguia dos muitos milhares de euros mensais vai para o “cesta da gávea” (Sabem o que é?)
Faltam-nos tomates. Precisamos duma Maria da Fonte já que esta gajada é rasca… e fica contente e heróica com as bolas… do futebolhttp://www.ionline.pt/adjuntos/102/imagenes/000/263/0000263847.jpg
Mas não sei onde encontrar a MARIA DA FONTE. Sei onde estão os CABRAIS….
Eu fiz quanto me foi dado fazer. Até entrei nas altas estruturas do PS com o menino Sócrates. Cumpri o meu mandato e resisti aos apelos dos maiores para ficar porque fazia muita falta(!?!?!?). Aos apelos respondi: quero ser coerente; sou contra isso de classe política, cumpri a minha missão, quero ser o competente cidadão.
Estou à vontade para dizer que aqueles tipos são uns idiotas, uns imbecis, uns porcos sem escrúpulos…
Todos. Da direita sacana até à esquerda sacana....
por Zé Candido Rodrigues a Quarta-feira, 16 de Março de 2011 às 0:27
Se encontrares alguém com fome junto a um rio, não lhe dês um peixe: ensina-o a pescar.
( da Sabedoria Chinesa)
O país está em turbulência. O cidadão comum, e aqueles que têm sentido da cidadania, ficam perplexos.
Os partidos querem o poder… Não mostram projectos, e tudo lhes sai mal porque não sabem nada de coisa nenhuma.
Dói tanta ignorância e tanta estupidez.
Estupidez dos que governam e dos áulicos que os sustentam pela propaganda idiota daquilo a que chamam “Comunicação Social” e que não é mais do que propaganda. (A serviço de interesses vários, mas sempre à procura da mesa do orçamento…)
Entretanto, a geração rasca, ou à rasca, reivindica emprego ( emprego tem sabor de prego; deve ser isso: ficar pendurado, a mamar um salário…). Ninguém quer trabalho!
A terra e o mar são espaços que se podem cultivar. Se me perguntarem eu digo o que se pode fazer… E tantas coisas… tantos projectos. Sobretudo para o mar maior do espaço europeu ainda na fase recolectora… ( que tristeza de governação!!! Querem o TGV e o aeroporto para encher os alforges à custa da penúria do povo. Dói. Dói muito. Há que agarrar num cacete e escaqueirar aquela m…. sem dó nem piedade….
O cagaço deles é que venha o FMI tomar as rédeas desta bagunça. Pois que venha!!! E já tarda!!! Não vão com certeza tirar nada a quem não tem…Porque só perde quem tem…
Mas os marmanjos inúteis e parasitas, a fidalguia dos muitos milhares de euros mensais vai para o “cesta da gávea” (Sabem o que é?)
Faltam-nos tomates. Precisamos duma Maria da Fonte já que esta gajada é rasca… e fica contente e heróica com as bolas… do futebolhttp://www.ionline.pt/adjuntos/102/imagenes/000/263/0000263847.jpg
Mas não sei onde encontrar a MARIA DA FONTE. Sei onde estão os CABRAIS….
Eu fiz quanto me foi dado fazer. Até entrei nas altas estruturas do PS com o menino Sócrates. Cumpri o meu mandato e resisti aos apelos dos maiores para ficar porque fazia muita falta(!?!?!?). Aos apelos respondi: quero ser coerente; sou contra isso de classe política, cumpri a minha missão, quero ser o competente cidadão.
Estou à vontade para dizer que aqueles tipos são uns idiotas, uns imbecis, uns porcos sem escrúpulos…
Todos. Da direita sacana até à esquerda sacana....
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
O PODER COMPRAR
Por vezes apanhamos de raspão um dito, uma boca, um bocejo, e porque ele nos cai no ouvido vindo dum agente noticioso, logo fazemos disso uma notícia. Ainda que a notícia possa parecer estranha vinda duma fonte inabitual. Ainda que a notícia corresponda ao óbvio...
É que neste país o óbvio raramente tem crédito...
Tão habituados que estamos aos paradoxos que escorrem do sistema judicial, do sistema educativo, dos procedimentos fiscais,dos fabulosos sucessos da bola, sobretudo, dos poderosos que fazem mexer a máquina económica desta terrinha que ficamos boquiabertos com a sensatez...
Ai esta terrinha... que até é a 10ª potência mundial no futebolismo, que se encalacrou na organização dum campeonato europeu e que persiste na organização dum MUNDIAL...
E tudo abençoado pelos governos. E tudo com bondoso acordo dos teóricos das economias e com o beneplácito dos agentes operacionais do comprar e vender...
Pois neste pais de paradoxos trespiou-me uma afirmação vinda dum alto poder (Amorim? Belmiro? só poderia ser um deles...) Pois o alto poder sustentava, imaginem o sacrilégio económico cometido perante o papa Constâncio, o alto poder sustentava que "se não há dinheiro, não pode haver consumo. SE não houver consumo o comércio não vende. Se o comércio não vender também não compra. SE o comércio não comprar as fábricas não têm para quem produzir. E então teremos que fechar as portas..."
Haverá juízo económico mais óbvio, mais transparente, mais sério?
Tenho impressão que o DR. Vitor Constâncio pode guardar as suas cartilhas perante um padre nosso tão singelo... Eu, cá por mim, já aderi a este credo. E vou ser apóstolo desta religião económica... Tem que haver um caminho que não ponha os ricos a abarrotar de bens supérfluos e deixe os pobrse com fome na esquina da rua, ou envergonhados na sua casota....
SR. Dr Constâncio, o senhor não quer experimentar viver, só um ano, com o salário mínimo?
Ou então, passe para cá o seu cartão de crédito, e fique com os meus encargos...e com o meu vencimento...
Zé Candido
É que neste país o óbvio raramente tem crédito...
Tão habituados que estamos aos paradoxos que escorrem do sistema judicial, do sistema educativo, dos procedimentos fiscais,dos fabulosos sucessos da bola, sobretudo, dos poderosos que fazem mexer a máquina económica desta terrinha que ficamos boquiabertos com a sensatez...
Ai esta terrinha... que até é a 10ª potência mundial no futebolismo, que se encalacrou na organização dum campeonato europeu e que persiste na organização dum MUNDIAL...
E tudo abençoado pelos governos. E tudo com bondoso acordo dos teóricos das economias e com o beneplácito dos agentes operacionais do comprar e vender...
Pois neste pais de paradoxos trespiou-me uma afirmação vinda dum alto poder (Amorim? Belmiro? só poderia ser um deles...) Pois o alto poder sustentava, imaginem o sacrilégio económico cometido perante o papa Constâncio, o alto poder sustentava que "se não há dinheiro, não pode haver consumo. SE não houver consumo o comércio não vende. Se o comércio não vender também não compra. SE o comércio não comprar as fábricas não têm para quem produzir. E então teremos que fechar as portas..."
Haverá juízo económico mais óbvio, mais transparente, mais sério?
Tenho impressão que o DR. Vitor Constâncio pode guardar as suas cartilhas perante um padre nosso tão singelo... Eu, cá por mim, já aderi a este credo. E vou ser apóstolo desta religião económica... Tem que haver um caminho que não ponha os ricos a abarrotar de bens supérfluos e deixe os pobrse com fome na esquina da rua, ou envergonhados na sua casota....
SR. Dr Constâncio, o senhor não quer experimentar viver, só um ano, com o salário mínimo?
Ou então, passe para cá o seu cartão de crédito, e fique com os meus encargos...e com o meu vencimento...
Zé Candido
sábado, 24 de outubro de 2009
PARA UMA AMIGA COM MEDO DE CAIM
Para uma amiga com medo de CAIM
Como, certamente viste, e com a atenção que sabes pôr naquilo em que acreditas, O Padre Carreira das Neves não se mostrou ofendido com o que o Saramago escreveu.
Esqueceu e escrutinou com muita astúcia ( a astúcia de quem sabe…) as referência ao Cântico dos Cânticos.
E sobre o cântico dos Cânticos, repara só nesta
passagem do capítulo 5:
”Venha o meu amado para o seu jardim /
e coma o fruto das suas macieiras./
Eu vim para o meu jardim, irmã minha esposa/
colhi a minha mirra com os meus perfumes;/
comi o favo com o meu mel;/
bebi o meu vinho como meu leite./
Comei amigos e bebei,/
e embriagai-vos ,caríssimos..”
podes tirar daqui as mais variadas leituras. É um texto bíblico carregado de poesia, mas que tem subjacente os prazeres, todos os prazeres, e toda a legitimidade para gozar os prazeres…
E no Eclesiastes, todo o seu capítulo 6 está subordinado ao tema que encabeça o capítulo: INFELICIDADE DO QUE MORRE SEM TER GOZADO OS SEUS BENS…
Como vês, cara amiga, a Bíblia é um manancial de divertidas paródias e de incongruentes testemunhos..
A sua leitura terá que ser feita à luz duma lei primeira que se traduz na “Conservação da Espécie Humana”…A bíblia é uma oratura e não uma escritura. A escrita estava muito longe de ser inventada e era a tradição oral que sustentava a história…
Acredita. Pensa bem para que possas acreditar Ou então vai aos textos e faz sobre eles a reflexão….( se o termo te cheira a racionalismo, faz uma meditação…) e vais ficar surpreendida com os tortuosos caminhos de deus…
Um beijo
Zé Candido
Como, certamente viste, e com a atenção que sabes pôr naquilo em que acreditas, O Padre Carreira das Neves não se mostrou ofendido com o que o Saramago escreveu.
Esqueceu e escrutinou com muita astúcia ( a astúcia de quem sabe…) as referência ao Cântico dos Cânticos.
E sobre o cântico dos Cânticos, repara só nesta
passagem do capítulo 5:
”Venha o meu amado para o seu jardim /
e coma o fruto das suas macieiras./
Eu vim para o meu jardim, irmã minha esposa/
colhi a minha mirra com os meus perfumes;/
comi o favo com o meu mel;/
bebi o meu vinho como meu leite./
Comei amigos e bebei,/
e embriagai-vos ,caríssimos..”
podes tirar daqui as mais variadas leituras. É um texto bíblico carregado de poesia, mas que tem subjacente os prazeres, todos os prazeres, e toda a legitimidade para gozar os prazeres…
E no Eclesiastes, todo o seu capítulo 6 está subordinado ao tema que encabeça o capítulo: INFELICIDADE DO QUE MORRE SEM TER GOZADO OS SEUS BENS…
Como vês, cara amiga, a Bíblia é um manancial de divertidas paródias e de incongruentes testemunhos..
A sua leitura terá que ser feita à luz duma lei primeira que se traduz na “Conservação da Espécie Humana”…A bíblia é uma oratura e não uma escritura. A escrita estava muito longe de ser inventada e era a tradição oral que sustentava a história…
Acredita. Pensa bem para que possas acreditar Ou então vai aos textos e faz sobre eles a reflexão….( se o termo te cheira a racionalismo, faz uma meditação…) e vais ficar surpreendida com os tortuosos caminhos de deus…
Um beijo
Zé Candido
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