Recado para uma paródia
Da flor morre o encanto quando as pétalas
Caem de maduras. Depois, se o gineceu engorda,
Há-de crescer um fruto até que, de maduro,
Tombe da planta e adormeça.
Quando for tempo, a semente acorda
E colhe do fruto defunto
O suco vital para que a raiz penetre a natureza
E cresça até que seja uma oferenda de muitas flores.
Então, tudo recomeça nas curvas da vida.
É assim em cada ano que a mãe natureza renascida
Risca e conta no calendário dos dias e das noites.
Nunca a pantomina dum Gregório
Ou a circuncisão dum hipotético menino
Pode contrariar o que está escrito na árvore do destino.
Sopapos
sábado, 29 de dezembro de 2007
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1 comentário:
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Mario Quintana
Com um beijinho e desejos de Feliz 2008
Ana B.
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