quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

MUDAR ATÉ MORRER

Hoje é um dia de dizer adeus.
É um dia de dizer que amanhã o encontro será outro.
Esta fonte seca agora.
Seca, mesmo quando neva, porque é preciso mudar. E mudar faz bem:
mudar encanta, fascina,
abre para a aventura.
Na natureza tudo é sempre inicial e novo.
Tudo sempre diferente…
Verdadeiramente só o novo dá prazer.
Nada, mas nada, resiste ao prazer por largo tempo.
Pior que tudo é a rotina: uma repetição mole, pastosa, sucessiva e fedorenta.
Nada é genial quando se repete.
A repetição é tão vulgar quanto insuportável.
Sobretudo quando insiste em repetir-se.
A mudança é tão virtuosa quanto dolorosa.
Mais violenta que a mudança é o fim.
O fim atormenta, às vezes apavora…
Sempre que se aproxima o fim de um século, nascem profetas, crepitam sinais, germinam psicoses de “ Fim do Mundo”.
Para o fim do supercivilizado milénio o fenómeno teve o seu pânico incendiado por terras da Coreia…. Não pegou.
A Coreia não pega nada. Quem pega são os States.
Pegam a crise financeira que vai pôr fim a um sistema.
Verdade que este fim já demorava; mesmo assim dói…
Dói mesmo se o futuro é, garantidamente, melhor e mais bonito!
Acabar é fechar um tempo.
E concluir um ciclo.
É liquidar uma esperança
Acabar é sempre morrer um pedaço1

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