sexta-feira, 4 de julho de 2008

AI O MEDO!

Há coisas poucas de que tenho medo...
Direi até que de nada tenho medo.
O medo é um grito aflito no deserto dos silêncios...

Mas há coisas que me fazem urticária, que provocam incomodidade visceral, que me doem no corpo e me arranham a alma...
Todas essas coisas são as coisas que não compreendo.
Quando compreendo o que quer que seja fico acoitado na normalidade, na conformidade da natureza, na vulgaridade da água que vem da fonte e vai até ao mar....
Arrepio-me é quando tudo acontece ao contrário.
Aí não entendo nada e todo eu sou o avesso, a sangria de estar, a dor que vai do pé à cabeça e que faz de tudo o contrário do que é...
Dói-me.... dói-me muito, não ter razões, nem margem, nem um fio de lógica para acreditar…
Fazer a implosão do monumento da verdade... Dói muito..
Ai se dói!
Dói agora e vai doer durante a eternidade...

2 comentários:

A Desafinada :) disse...

Que medo....
eu tenho muitos medos

(coisas de mulher)

Anónimo disse...

O medo não é um direito. O medo é o dever que os poderes querem para que possam tudo fazer na total impunidade.
Há que não ter medo para que tenhamos de abdicar da nossa dignidade. Se eu tivesse medo era indigno de mim. Eu não tenho medo. De nada. Nem sequer das divindades que nos inventam...
Afinadinho