sábado, 12 de julho de 2008

O PAÌS DO ABSURDO

O INEM não tem dinheiro para sustentar as despesas actuais e muito menos pode fazer a aquisição de três helicópteros que se destinariam a transporte de doentes com urgências específicas e de distâncias não viáveis para as viaturas em funcionamento.
Eu não sou médico nem técnico dos serviços de saúde. Mas sou utente e sei, na própria pele, o que é salvar a vida por cinco minutos…E já lá vão mais de uma dúzia de anos…
Desde essa aventura, em que quase foi para o outro lado, passei a ser cliente habitual, para um controle regular, do funcionamento do músculo cardíaco.
Cumpro com rigor o preceituado médico, quase não preciso de muitas análises porque sei pressentir eventuais anomalias, mas vou de Viana a Coimbra, regularmente, para fazer controles e ajustamentos.
Sou, portanto, um utente dos serviços de saúde com larga experiência pessoal e conheço bem as diferenças de trato e de eficiência entre os hospitais periféricos e, no meu caso pessoal, os HUC’s... Estou mesmo proibido de tomar qualquer substância, receitada numa emergência, sem prévio contacto telefónico com o meu cardiologista...não vá o diabo tecê-las. Que nisto de médicos, há médicos e médicos…
O anterior ministro da saúde, Correia de Campos, tinha toda a razão quando teimava em apetrechar com tecnologias de ponta certos hospitais e viabilizar o transporte rápido dos necessitados de cuidados específicos para os hospitais com as competências adequadas...
Um hospital não é uma tasca e para garantir uma boa eficácia está obrigado a fazer regulares e caríssimas actualizações que devem ser permanentemente utilizadas para que sejam uteis e rentáveis...
Neste país de egoísmos e de absurdos abriu-se uma guerrilha contra o ministro porque as crianças iam nascer fora do terrunho dos antepassados… como se o local de assistência à maternidade não fosse a dependência dum expediente técnico-assistencial.
Diga-se, em abono da verdade, que o ministro não sabia ser pedagógico e era estupidapente pesporrente no trato.
Mas a sua visão estrutural da organização dos serviços de saúde era, em nossa opinião, absolutamente correcta.
Sócrates despediu o ministro porque gosta muito mais do afago eleitoral e das obras de emblema do que das soluções estruturais...
Agora parece que o INEM não tem dinheiro nem para sustentar as actuais estruturas, e muito menos terá verbas para fazer a compra dos helicópteros de transporte das periferias transmontanas e alentejanas para os competentes centros de urgência.
Todavia, continuarão a teimar no inútil projecto do mega aeroporto de Alcochete que só uma pequena minoria privilegiada poderá vir a utilizar, mas que todos iremos pagar.
E o mais absurdo é que iremos pagar as vaidades estúpidas à custa da supressão da elementar assistência de emergência médica!!!!!!!!!!

3 comentários:

A Desafinada :) disse...

Ainda vamos ouvir falar muito e alcochete
e, pagar muito mais do que esperamos.

Boa Semana

Anónimo disse...

Mas vamos chamar nomes, atirar pedras, recusar ser pateta, boi, asno, cavalo cansado!
A palavra é uma arma. Não a única , mas ainda vale a pena pôr as verdades ao sol: no mínimo para que a consciência não fique mais pesada...
Pessoalmente, recuso-me a viver num país de resignados, em que os poderes fazem o que querem e nos tomam a todos por lorpas.....
Afinadinho

Anónimo disse...

É o que acontece a quem vive neste país de analfabetos diplomados ao domingom que vivem lautamente à custa dos nossos impostos...