terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Natalia Correia
Os deuses pararam o tempo do teu corpo
Que teu corpo foi abundante e generoso
e teu gesto solto como a névoa.
As memórias andaram acordadas nos teus olhos
com as palavras em cio
a dizer a ânsia febril do nunca mais
E tudo era um rio, um grito, uma açucena
Um pão feito de espanto
Uma aguarela
Um momento de espuma
Uma pérola de orvalho em chão de estio.
E tudo foi um vale, uma ousadia,
um dar, um ter, uma alegria,
um choro, uma loucura até ser dia.
Agora, conforme os deuses escreveram no destino,
é a vida,
é a morte em cada idade,
mulher mãe da libertina liberdade.
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