O poema nasce dentro da árvore
Como sempre a árvore cresce dentro do poema.
Mas hoje a chuva deu sangue à terra
e carinhos
Para que a terra se possa engravidar de frutos futuros
e de pericos maninhos
Todavia,
De tão cinzenta e pálida
Sepultou o poema entre penedos duros e terra árida
Paradoxalmente prenhes de audácias primaveris…
Logo, quando for amanhã, a terra vai ressuscitar as pautas do poema
Para que eu possa desatar o nó das palavras perdidas
Quando chove…
domingo, 23 de março de 2008
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