sexta-feira, 7 de março de 2008
CANTO A MULHER
Eu canto a mulher.
A mulher filha, a mulher amante.
Também a mulher mãe.
Não a minha que foi bravia e não tinha, da mulher,
nem o colo dos afectos,
nem o gesto das ternuras.
Canto a mulher na plenitude das diferenças.
Aquela mulher que faz a outra face de mim.
Eu não sei existir sem a mulher.
Sem a mulher que dormia comigo,
sem a mulher que já não quer dormir comigo,
sem a mulher que ainda não quer dormir comigo.
A mulher sabe as cores do mundo à transparência,
os sabores do mundo, ondulando, como seara do maduro trigo
as músicas das circunstâncias e das contingências.
A mulher sabe ver o que eu não vejo.
A mulher é o corpo que eu não sou.
A mulher é o ventre da vida nova
porque é dentro da mulher que nascem todos os futuros.
Todos os homens cabem dentro duma mulher.
Beijos para todas as mulheres. As bonitas. As mulheres.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Cercados de mulheres já estamos.
E assim vamos continuar porque a mulher é mais persistente, mais sofredora, mais dada ao trabalho do que o homem.
Honra para a mulher
Ete tipo pensa muito nas mulheres!
Enviar um comentário