Deixa-me olhar-te de perfil, Como se olha uma sereia, namorado. Era aquele entardecer juvenil Dum Outono manso, sobre a penedia da praia Contra o mar ainda cor de anil Depois farei do teu retrato o meu violino E com a música do meu violino o teu vestido Para o nosso noivado.
Ainda não sei quem sou, nem quero saber. Gosto da vida e escolhi músicas para morrer: a Pavane do Fauré, um pedaço do Leo Delibes, e o Adágio para violino do Samuel Barber. Depois, não quero exéquias nem choros. Embrulhado numa manta, que pode ser cor de rosa. quero destino que dê menos trabalho desde que não tenha nada de sagrado.
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