terça-feira, 3 de junho de 2008

OUVENDO KARAJAN

Branco e pascal, um gesto flutua
E o dedo de um deus afaga
O silêncio com música presentida...

De súbito
Todos fecham os olhos
E um festim unânime
Enleva os amantes pelo bosque.

Deixamos, então, que o lume grite
E a alma respire
No leito de vento
Ao ritmo que Karajan reina.

Porque em tudo seremos os sinais!

4 comentários:

Anónimo disse...

Mhales de Tiletto diz:

Não me arranja uma notícia, pequena que seja, que mostre a resistência do mestre aos nazis ?

Anónimo disse...

Arranjo muitas... verdade que Karajan dirigiu a orquestra que celebrou no Palácio Chaillot a entrada dos nazis em Paris. E mostrou
um "pecaminoso" e estúpido entusiasmo
a dirigir pessimamente os mestres cantores de Wagner...
Mas ouça o autor do ousado comentário toda a obra de Beethoven, particularmente a 9ª sinfonia, e ainda mais particularmente o último andamento com o hino à liberdade sobre o poema de Scieller, olhe como todo génio rebelde, romantico elibertário de Beethoven salta da batuta de Karaj sempre de olhos fechados... sem necessidade de partitura.
Eu também teria preferido um Cellibidache, sem mácula, a suceder na Berlin Philharmonic a Wilhelm Furtewangler, adulto de defensor Das SS... Mas, como chefe de orquestra, ainda não há melhor do que Karajan...

Sopapos

Anónimo disse...

Mhales de Tilleto responde:

Não quero muitas. Quero uma... se houver.

Aliás, vejo que o meu amigo procura compensar essa possível falta, com uma exuberância de méritos musicais, que eu aliás nem pus em causa.

Anónimo disse...

Mas eu só navego sem bússula com o senhor Karajan na fruição musical. E não em todas. Referi Beethoven. Não gosto dele no tratamento que dá à música barroca...
S