quarta-feira, 28 de maio de 2008

TEMPLO DA ÁGUA

Cai-te o horizonte no regaço
Enquanto o sol adormece de cansaço.
Tu, olhas o infinito e o mistério
Tu, olhas a distância sem critério
Tu, imaginas um momento
Tão inútil e tão imaculado como o firmamento.


É meditando sobre o devaneio,
Prática tão absurda como exaltante,
Que logo descobrimos de permeio
A ideia base, a sensação pedinte, a fúria triunfante.


Depois, seremos alma, seremos árvore, seremos nau
Seremos lua, luz, luta, varapau
Seremos pó, nuvem, um anseio
Seremos a eternidade num abismo
Depois de sermos água, bênção... um baptismo..

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