quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A GRANDE EDUCADORA

alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5172021099621269106" />Gosto de entrar na noite para ver melhor o escuro que me cerca.
É que eu já não entendo nada disto que corre pelos nossos dias…
Ouço uma ministra dizer que os professores titulares, mais experientes que são, não precisam de preparar aulas…
Minha senhora ministra o que é educar?
Lembro-lhe o velho Sócrates, o outro, o sábio, não o seu. Ele, sábio, dizia, “sei apenas que nada sei”.
Eu quero dizer-lhe daqui, voz muda no encosto com a Galiza que, seguindo Sócrates, o sábio, há dois tipos de ignorância: “a ignorância simples que consiste em se ter consciência do desconhecimento da natureza das coisas”. É uma ignorância muito válida mobiliza à aprendizagem, à descoberta do desconhecido... E a “ignorância dupla que consiste em não se ter consciência do desconhecimento da natureza das coisas.” Esta sim; é uma ignorância perniciosa porque dispensa a necessidade de aprender porque inibe a preocupação da descoberta. É a ignorância dos presunçosos, do sabichão, do mandador intrépido e tonto às ordens dum chefe.
A senhora ministra não é humilde e sofre da doença da ignorância dupla. Faz tudo para agradar ao chefe…
Esta é a cultura política em Portugal!
Questionar, educar para o questionamento, para o esforço, para o trabalho não dá sucesso. Não segura um ministro no seu poleiro ministerial.
É preciso ser obediente, adulador, engraxador, ou como dizem os nossos irmãos de linguagem verbal que moram no Brasil, é preciso ser puxa saco.
Então o professor faz o quê? Não tem que ser o estimulador para que o aprendente se municie de ferramentas de sobrevivência (que mal constam no seu cardápio de dezena e meia de disciplinas!!!!) E não é verdade que este trabalho de municiar para ferramentais é para durar vida fora?
Não tem o professor que incitar o aprendente a ser cidadão responsável na sua estrutura social numa dinâmica de vanguarda?
E tudo isto não precisa de preparação?
Saberá a senhora ministra, habituada que está a obedecer e a criar obediências, que, para entrarmos na diferenciação dicotómica, muito do agrado da senhora ministra, haverá só há dois tipos de educação: a educação produtora e a educação reprodutora
É por demais evidente que a senhora ministra quer reproduzir… quer professores reprodutores… A senhora Ministra tem medo do futuro. E tem razões para tanto. É que a senhora parece mais do sec. XIX ( mas cuidado com as conferências do casino…) do que deste novo milénio….
Apetece-me produzir aqui as palavras atribuídas a Cristo no momento em que executava a romana sentença da “pai perdoai-lhe porque ela não sabe o que faz”…..

SOPAPOS

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