quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

UMA ESTRELA PARA TI



Da minha varanda, colho uma estrela.
Está pregada no céu, imóvel, transparente e muito azul.
É azul e absolutamente misteriosa
E muito tão parecida com a tua lembrança luminosa
Que eu fico a adular aquele mistério da estrela que vem das bandas do sul.

Ainda quando a noite é quase manhã eu moro no desenho do teu corpo
Tão fixamente
Como quando, indiferente,
Pisavas, com passo divino, o teu caminho
Sob o meu olhar distante, secreto, de adivinho…

O teu corpo dói-me uma dor impossível…
Ainda quando eu morrer, se eu morrer, vais estar comigo
E com as melodias da pavane de Fauré…

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