segunda-feira, 7 de abril de 2008

EM TEMPO DE MORRINHA, LOUVOR À MULHER!

Vai por aqui um tempo de morrinha.
Morrinha é para os nossos vizinhos galegos assim uma maneira de apetecer a quentura dum matéu e depois adormecer na boa companhia.
Hoje não estou para reflexões azedas, para pensamentos transcendentes. Quero uma realidade que venha de encontro às minhas virtudes…
Era uma vez um homem justo, sábio, ardente e habituado nos laços e enlaces de muitas histórias de ocidente a oriente e de novo a ocidente. Ainda mais: era pessoa estudante e praticante desde o íntimo dos íntimos da alcova até aos públicos, abertos e políticos fóruns entre a capital do reino e a periférica província.
Era o homem, esse homem, quem escrevia e protestava que a mulher é pura beleza para ser mulher…
Porque é da condição da mulher ser bela. Como a névoa, como a estrela, como o azul marinho ou celeste, como o regato acabado de nascer...
Logo, logo, sempre bela!.
E também bela porque é o ventre da humanidade.
O ventre e o seio.
Dentro da mulher germinam os futuros que logo do seu seio se amamentam.
Da mulher nascem os sonhos.
Ou então, é a mulher que dá corpo a todos os sonhos.
O mar, berço da vida, deveria ter nome de mulher. Exactamente assim como humanidade tem nome de mulher.
Depois, tudo na mulher é intrigante e simples.
Tudo nascente e foz.
Tudo sorriso, tudo amparo e conforto
Tudo realidade e mistério.
Tudo, sempre, inquieto e tranquilo.
A mulher é suave e sereia. É um vigor original. É uma dádiva de ternuras, uma razão de sentimentos.
A mulher brilha por dentro dos olhos da Gioconda onde tem o seu refúgio de alma.
Onde há uma mulher há sempre um escaninho de magia, sempre um trancelim de artes imprevistas.
A mulher é sábia para além de toda a instrução e sabe falar muito bem pelos silêncios.
E adivinha as mudanças.
E converte-se, inventa e faz da mudança da moda, ou da moda da mudança, a sua bandeira: a mulher bonita: a mulher.
É por isso que a mulher tem sempre a idade que parece ter e tudo sempre faz e sempre consegue ter a idade menina.
É por isso que a mulher, sabiamente, lembra o presente e esquece o que se foi.
Em seguida, ama para além de si.
É verdade que o homem constrói as estradas.
Mas é a mulher, sempre a mulher, que encontra os caminhos.
Porque o homem é a espiral dum momento, e a mulher é a própria criação!

1 comentário:

Anónimo disse...

Que belo texto...Que bom ser mulher...Obrigada