segunda-feira, 7 de abril de 2008

QUANDO É AMANHÃ?

Era puto e sabia tudo de matemáticas especulativas.
Mas nunca soube porque 2+2 haveriam de ser um problema para a matemática.
Gostava das equações complexas, das operações complicadas, dos problemas insolúveis.
Sempre me apaixonei pelo impossível, pelo difícil, pela álgebra que combina com a linguística...
O meu encanto e o meu fascínio entravam pelo inviável de combinar o tempo certo no espaço caótico.
Ou, se quiserem, o espaço certo no tempo caótico...
Verdade que na perseguição desta lógica fui sempre um insucesso.
Esgoto o sentido dos casos na curta duração: mensal, anual, ou pouco mais...
Os meus azimutes andaram, ou andam, por meridianos que os atlas da geografia nunca encontraram....
Nem sequer sei se os encontraram ou se os desencontraram.
Mas quem anda perdido não sou eu.
Quem se perde é quem não encontra a minha explicação....
Ou será que eu não tenho explicação! Ou tenho? Acham que tenho?
Gosto de tudo como nunca se deve gostar de ninguém...
Só sei dizer isto na distância. Cobardemente escondido na hora e na técnica que a distância permite que seja instantânea....
Gosto do apavorado duma paixão dos 60....
Porque esta deveria ser uma idade educada, do cálculo e da cautela. Não uma idade menina e tonta...
Mas sempre eu mergulho como se fosse a minha adolescente iniciação!
Hoje estou bêbado de saudades!
Também não sei de que saudades!
Se calhar nem sei o que digo!
Mas sei que os afectos dão cabo de mim...

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