sexta-feira, 4 de abril de 2008

QUE SEMPRE LOGO



Perdi o nome das flores. Porque tu és todas as flores.

Hoje acordei a procurar-te entre a manhã
Mas só encontrei orvalho doce em chão de areia
E um nome breve entecido na ideia.

Então assustei-me na aridez do silêncio persistente
E fui-te buscar no azul nascente
Que sempre vem do outro lado do mar
Haja que não haja luar..

Hoje foi um dia límpido
Um dia límpido e muito tão dorido pela orfandade
Que só tu consegues converter em saudade..

Perdi o nome das flores. Porque tu és todas as flores.

Logo, quando for amanhã, irei fazer uma loucura menina
Uma travessura inocente
Um desacato irreverente
Para que possa deixar marca de ternura
Nesta véspera tão eternamente futura.

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