sábado, 5 de abril de 2008

POEMA INASCENTE

Mora comigo um poema atento
Muito tão atento que fica sempre desperto
Particularmente entre a distância e os silêncios.
É um poema que sempre me confunde que não distingue o pão e as madrugadas, a música e os pássaros, o mar e as árvores.
É um poema transparente e aéreo.
É um poema nu e brando como as penas do afago tímido
É um poema que desabrocha pelas noites carregado de perfumes.
Depois, há sempre um susto que sempre faz adiar o poema aberto para o dia que há-de vir.

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