domingo, 27 de abril de 2008
PASSEIO NOCTURNO
Amanhã, conta-me uma história de sândalo,
ou de ave,
ou de nuvem
Que eu dar-te-ei flores ao pequeno almoço
E um raio de luar por trancelim
Amanhã, deixa-me brincar nos seixos da praia
Ou na erva do prado
Ou entre as mamas do teu seio
Que eu dou-te um Jeová menino e milagreiro
Numa Babel de encantamentos.
Amanhã, joga comigo o medo do escuro
Ou plantemos a proa dum navio
Ou dá-me uma montanha verde
Que eu descubro o teu rouxinol no azevinho
E um junquilho que seja o teu retrato
Amanhã vamos descobrir os vidoeiros
Ou os grilos nocturnos
Ou as esperanças maduras
Que eu te vou oferecer-te um spa de mosto quente
E um braço meu por travesseiro
Amanhã dá-me uma cereja de chocolate
Ou um suspiro
Ou um sorriso ingénuo
Que eu invento um rosmaninho com cheirinho de alcova
E uma confusão dentro de ti para acordares.
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